filmetub: Propagandas e perdas...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Propagandas e perdas...

Nossa, eu estava folheando a Veja na semana passada e fiquei assoberbada com a quantidade de propagandas no decorrer da revista. Sério! Eu estava fazendo aquele aparelho na academia, que parece uma formiga gigante, e é super difícil de virar a página. Tem que segurar bem e virar. Então cada vez que vinha propagando eu tinha que ficar virando a página. Quando me dei conta, eu tinha virando várias páginas e ainda não tinha chego em nenhuma reportagem!!!! Na hora me deu uma raiva, porque acho uma puta poluição visual tanta propaganda. Fora que eu nem dou atenção para elas. Se vocês me perguntarem qualquer marca que eu tenha passado os olhos, não vou me lembrar!! Aí conversando ontem com os tios do meu namorado, encontrei solidariedade nessa minha indignação. Mas conversando com o meu pai hoje, escutei uma outra opinião. Eles disse que a revista é mais grossa que as outras. Que não retira reportagens para colocar propaganda, e sim acrescenta páginas!! Comparei então a Veja com uma Exame que estava ao meu lado e não vi qualquer diferença. Enfim....o saco mesmo é ter que ficar virando a página o tempo todo para fugir desse capitalismo desenfreado que quer nos fazer comprar por todos os lados. Seja por email, msg no celular domingo de manhã, telefonemas ao meio dia para nossas casas, páginas em revistas, outdoors, entradas de eventos, parados no sinal....argh!

Outra coisa que me dei conta na semana passada foi como as coisas ao nosso redor mudam o tempo todo. Isso não é nenhuma novidade, ainda mais com o chamado crescimento urbano! Mas saindo da minha cidade e indo morar em São Paulo, comecei a me dar mais conta dessas mudanças quando volto pra Floripa. Todos os dias perdemos alguma coisa nas nossas vidas, cabelos, paciência, chaves, papéis, celulares, compromissos, juízo...e também algum tipo de segurança. Deixa eu me explicar melhor. A perda que eu mais me lembro nos últimos tempos, ainda quando eu morava em Floripa, foi do espaço em que eu fazia Yôga. É desse tipo de perda e transformação que eu estou me referindo. Eu adorava aquele lugar, esquecia do mundo naquela sala no meio do mato, no meio da cidade! Tudo era uma delícia, os aromas, o silêncio, o ambiente, as pessoas. Só que alguém decidiu transformar esse espaço num restaurante. Isso faz mais de um ano e até hoje eu não me conformo. Não posso reclamar muito desse tipo de mudança de um empreendimento para outro mais lucrativo, porque cresci com o meu pai fazendo esse tipo de coisa. Destruindo casas para construir grandes edifícios. Mas isso não quer dizer que eu concorde né? Porque apesar de ele construir o lar de muitas pessoas, ele tapa o sol de outras e assim vai. Mas isso é outro assunto.
A maior diferença que eu sinto da minha vida em São Paulo para minha vida aqui em Floripa, é com relação aos lugares que eu conheço. É muito fácil você conhecer as coisas aqui em Florianópolis, porque além de eu morar aqui há mais tempo, a cidade é menor e possui menos variedades. O que não a transforma em algo ruim. Para mim é o contrário, pois eu adoro saber aonde comer, o quanto vou pagar, aonde vou deixar meu carro, o que vou encontrar. Não tenho muito esse espírito de desbravadora. Talvez uma vez ou outra. Mas em São Paulo é tudo sempre muito novo. Aqui eu sei desde aonde gosto de fazer a unha até aonde encontro o melhor sushi. E são por essas coisas que me sinto mais em casa aqui. Mas ainda não quis dizer o que eu queria dizer. Nossa, hoje estou terrível. Acho que foi porque fui tirada da cama seis da manhã na casa do meu namorado pra voltar pra casa, porque ele ia viajar. Aí voltei a dormir, aquele sono confuso. Depois à tarde fiz limpeza de pele e dormi também uma meia hora. Estou numa confusão sem tamanho. Parece que estou em fusos diferentes.
Enfim, tiraram-me o meu espaço de Yôga. Na minha primeira vinda pra Floripa, depois que mudei pra São Paulo, descobri que o salão do lado da minha casa foi demolido, portanto, perdi minha massagista. Aquela que eu só colocava um chinelo e de pijama mesmo ia fazer massagem. Depois demoliram o curso de inglês que estudei a vida inteira. Descobri que a loja que adoro comprar coisas de pintura em madeira vai fechar. O café da Livraria Saraiva do Iguatemi também não é mais o mesmo. Só me dei conta quando não reconheci o gosto do meu vício...chocolate quente. E assim vai, cada dia é uma coisa diferente. Era isso...hahahaa...nada demais né. Mas queria compartilhar o vazio que me dá quando vejo as coisas ao meu redor se desfazendo! Como eu disse, todo dia perdemos algo. Alguma coisa todo dia morre dentro da gente, seja algo bom ou ruim.
Esse final de semana morreu dentro de mim a negação que eu sempre tive em trabalhar com o meu pai...isso é um outro assunto pra um outro dia!!!

Vou postar a foto do meu dia ontem no sítio de um amigo. Estou sentada num balanço muito massa, que termina numa ribanceira sem tamanho! Você senta no balanço, amarrada por um "cinto de segurança" e dá impulso. Lá na frente você não enxerga o chão...só ouve o barulho de um rio ao longe...beeem longe!!! Às vezes é bom ultrapassar seus próprios limites!!!

beijosmeliguem!

p.s. ta chegando o meu aniversário e eu já mandei fazer o meu bolo!!!!! Surprise!!!!


Eu estou acima do peso...mas aí são as roupas por conta do frio...hahaha!

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