Estimados, envio uma das minhas PSICRÔNICAS, que escrevo regularmente para o pessoal da Psiquiatria.
ATESTO PARA OS DEVIDOS FINS...
Cheguei à conclusão que cerca de 25% do tempo dos meus atendimentos é destinado ao preenchimento de papéis e prescrições, além claro, das anotações médicas no prontuário. Gasto uma caneta a cada 10 dias. Deve ser por isso que os laboratórios as têm como brindes.
Inicio esta tarefa, normalmente no fim da consulta, com as prescrições médicas. Já não bastasse o número elevado de medicações que os pacientes com transtornos mentais tomam, os psicotrópicos são prescritos em receituários diferenciados, como todo mundo sabe, tendo que colocar o endereço também. A SMS de Natal ainda ajuda a aumentar o tempo, com o seu receituário pra quem sofre de micrografia. Possui 3 linhas com espaço de meio centímetro entre elas, o que leva ao preenchimento de mais receituários para prescrever tudo.
Quando o paciente faz uso de medicação de alto custo, aí a coisa se prolonga. Agora é necessário preencher o quadro clínico, colocar CPF, endereço, assinar e carimbar algumas vezes e depois disto tudo (pasmem!) uma receita da medicação...
E quando as receitas voltam? pois “a moça da farmácia não entendeu se o haldol é de 5 ou de 6 mg...”. Haldol de 6mg aonde?
Em alguns casos somam-se os pedidos de exames, os encaminhamentos com a ficha de referência (e nunca receber a contra-referência), etc.
Depois dedico-me a outros trabalhos como declarações, atestados, solicitação de seguro e similares. Nesse momento recebo várias recomendações:
__Tem que ser um “laudo bom” doutor, com o código e os remédios.
Sem falar nas deformações que este sofreu com o tempo... Atestado de fila, atestado do banco, atestado do leite, atestado do futebol (sim, este existe, trata-se de uma carteira de entrada livre nos estádios). Um dia destes, apareceu um “atestado do Tutubarão”. Calma. Tranqüilize-se. É uma escola de natação para reabilitação... Pelo menos é o que dizia o papel.
Tudo bem, tudo bem. Em prol do paciente, espero que seja sempre útil.
Espere. Sempre no final surge o famigerado atestado da STTU. Ah! Não poderia ter faltado. Este sabe-se lá quem inventou. Na lei, consta que é de obrigação de uma junta. Mas com tanta burocracia, já estou me sentindo como se fosse uma.
No final, marco o retorno no cartão do paciente e na agenda do ambulatório.
Ufa! Mas ainda tem que restar um tempinho para anotar a produtividade, até que entre o próximo paciente...
Inicio esta tarefa, normalmente no fim da consulta, com as prescrições médicas. Já não bastasse o número elevado de medicações que os pacientes com transtornos mentais tomam, os psicotrópicos são prescritos em receituários diferenciados, como todo mundo sabe, tendo que colocar o endereço também. A SMS de Natal ainda ajuda a aumentar o tempo, com o seu receituário pra quem sofre de micrografia. Possui 3 linhas com espaço de meio centímetro entre elas, o que leva ao preenchimento de mais receituários para prescrever tudo.
Quando o paciente faz uso de medicação de alto custo, aí a coisa se prolonga. Agora é necessário preencher o quadro clínico, colocar CPF, endereço, assinar e carimbar algumas vezes e depois disto tudo (pasmem!) uma receita da medicação...
E quando as receitas voltam? pois “a moça da farmácia não entendeu se o haldol é de 5 ou de 6 mg...”. Haldol de 6mg aonde?
Em alguns casos somam-se os pedidos de exames, os encaminhamentos com a ficha de referência (e nunca receber a contra-referência), etc.
Depois dedico-me a outros trabalhos como declarações, atestados, solicitação de seguro e similares. Nesse momento recebo várias recomendações:
__Tem que ser um “laudo bom” doutor, com o código e os remédios.
Sem falar nas deformações que este sofreu com o tempo... Atestado de fila, atestado do banco, atestado do leite, atestado do futebol (sim, este existe, trata-se de uma carteira de entrada livre nos estádios). Um dia destes, apareceu um “atestado do Tutubarão”. Calma. Tranqüilize-se. É uma escola de natação para reabilitação... Pelo menos é o que dizia o papel.
Tudo bem, tudo bem. Em prol do paciente, espero que seja sempre útil.
Espere. Sempre no final surge o famigerado atestado da STTU. Ah! Não poderia ter faltado. Este sabe-se lá quem inventou. Na lei, consta que é de obrigação de uma junta. Mas com tanta burocracia, já estou me sentindo como se fosse uma.
No final, marco o retorno no cartão do paciente e na agenda do ambulatório.
Ufa! Mas ainda tem que restar um tempinho para anotar a produtividade, até que entre o próximo paciente...
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