quinta-feira, 22 de abril de 2010
ZzzZzzzzzZzzzZZZ
Fotinho do show do Papas da Língua semana passada. Adorei, só tocaram músicas conhecidas!!!
João Pedro deu show essa noite! Acordou várias vezes e eu quase não dormi!! Agora consegui fazê-lo fechar aqueles olhinhos lindos e portanto também vou deitar um pouco!!!
Logo volto.
beijoS
p.s. fui obrigada a vim editar esse post depois que descobri esse blog aqui.
Leiam esse post e dêem risada como eu dei...super me identifiquei com ela porque quem me conhece sabe que sou TOLERÂNCIA ZERO com gente metida e ignorante!!
Mãe Pode (março 2009)
Eu nunca fui das 20 pessoas mais politicamente corretas que eu conheço, nem de longe. Expressões Politicamente Incorretas como índio, gringo, país subdesenvolvido e palhaço sempre fizeram parte do meu vocabulário.
Depois que virei mãe, então – me tornei exemplo do que não se dizer. Por exemplo, quando Noah tinha um mês, e eu ainda me preocupava com germes e bactérias, não era raro que alguém me visse segurando mãozinha catarrenta de criança de 7 anos que se aproximasse do meu filho e dizer “não põe a mão no meu filho, porra!” ”cuidado, ele é muito pequenininho, não se mexe em mãozinha de bebê”. Recebi vários olhares de reprovação dos pais dos pestinhas, todos devidamente ignorados.
Não sei quem foi que disse – e eu concord0 – que mãe pode se dar ao luxo de ser politicamente incorreta. Por exemplo, já ouvi mãe dizer que não contratou a babá porque ela tinha espinha. Já vi mãe furar fila, gritar com policial e bater em velhinha. Mãe pode.
Ontem, na fila do supermercado, eu me superei. Estava com o Noah nesse sling que eu adoro adoro adoro, com o qual vou a todos os lados e que – lógico! – é super seguro. Seguro mesmo, sling sueco. Já imaginou sueco fazendo um sling que arrebenta? Não consigo imaginar aquele povo alto e louro dizendo, naquela linguagem cheia de trema e bolinha:
“Både! För dig och för oss! Vi på!” (Fodeu! Arrebentou o sling! O bebê caiu na chom!)
Mas apesar da nítida segurança, ainda tem gente na rua que tem certeza de que dito objeto trata-se, na verdade, de algum tipo de instrumento de tortura viking. Todo santo dia escuto murmúrios de senhoras transeuntes:
- tadinho
- ó, coitadinho
- meu deus, pobrezinho
- Både för dig och för oss! Vi på!
E ouço ainda:
- “Mas ele não está sofrendo, coitado?”
- “Não machuca ele, não, coitado?”
- “E ele não vai cair, coitado?”
- Både för dig och för oss! Vi på, coitådö!
Então. Voltando a fila do supermercado. Vira a moça da frente e diz:
- Escuta aqui, esse troço não machuca ele não, coitado?
- Olha, machucar machuca, mas sabe que eu nem ligo? Ele chora um pouco e se acostuma com a dor. Depois é só chegar em casa, limpar o sangue e voilá!
Nem preciso dizer que a fila inteira me olhou como se eu fosse a reencarnação lactante de Saddam Hussein. Um escândalo que calou a boca da moça e me fez pensar que é legal isso de se fazer de louca. E pro inferno com o politicamente correto. Mãe pode.
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