Como é ter uma aula de Body Combat dentro de você.

E a cada dia você me assusta mais filho. Quando eu menos espero...pum...você chuta. Às vezes quando estou quase pegando no sono, acredito que você dá um giro de 360 graus dentro de mim. Contando assim pras pessoas, só escuto frases do tipo: “Ai que delícia”...”Deve ser maravilhoso”. Mas como uma pessoa realista que sou e sem um mínimo de “nham nham nham”, logo vou cortando o barato desses comentários recheados de suspiros. Claro que nas primeiras vezes foi ótimo sentir você descobrindo o seu espaço aqui dentro da minha barriga, mas confesso que nem sempre seus movimentos são graciosos e me remetem a um estado de extrema felicidade. Você mexe enquanto eu como, enquanto eu durmo, enquanto eu ****! E não são mexidas como no começo da gravidez, quando você parecia uma minhoquinha a percorrer as minhas vísceras, são porradas mesmo, dignas de uma luta sanguinária que só passa de madrugada. Isso quando você não resolve soltar todo o seu peso na parte inferior do meu útero, fazendo com que minha barriga vire uma pedra e a minha bexiga, uma mísera bexiguinha que não suporta nem um dedal de xixi. Aí meu querido, é pernas para que te quero...banheiro na hora!!!! Ah e nada de encostar na minha barriga nesse momento, porque dói pra dedéu. Hoje eu e seu pai fomos almoçar no shopping. Quando botei o pé dentro do Iguatemi respirei fundo e disse que precisava ir muito no banheiro. Seu papai já está se acostumando, tendo em vista o aumento da frequência com que essas loucas vontades vem ocorrendo. Nessa hora não dá nem pra correr, porque parece que eu dobro de tamanho e me sinto muito mais pesada. Então ele vai me distraindo, apressamos o passo e eu vôo pra dentro do sanitário mais próximo.
Tá certo gente, claro que eu também curto ver a minha barriga ficar deformada por causa de um pé ou ficar com a mão sobre ela esperando um contato mais próximo com o meu filho. Não estou dizendo que é tudo ruim nesses movimentos. Adoro quando as pessoas quase choram ao sentir o João Pedro se mexer. Grande parte delas nunca sentiram um bebê se mexer e eu faço questão que elas sintam isso. Então apóio a mão delas sobre a minha barriga e fica esperando os seus olhos brilharem ao sentir os chutes e as direitas do meu filho.
Não estranhem se me verem andando na rua com a mão na barriga. Apesar de sentir ele dentro de mim, também adoro ficar com a mão sobre a barriga pra sentir por fora também. É nessas horas que as pessoas ao meu redor perguntam se ele está se mexendo e eu coloco a mão delas para sentir também. Na foto do book que eu coloquei abaixo, em que estou com um vestido rosa e com a mão na barriga, o João Pedro estava se mexendo bastante.

Logo escrevo mais.

Beijo beijo.