“Oi filho...
Aqui pensando comigo mesma, sob o cuidado atento do silêncio que de tão silêncio possui até um ruído, chego a conclusão de que existe sim dentro de mim uma leve ansiedade em te conhecer. Digo isso porque há algum tempo venho contrariando o que as pessoas me dizem sobre querer ver logo a sua carinha. Afirmava que ainda precisava do tempo que falta para organizar o mundo para te receber. Mas não, como uma mãe exigente, hoje vejo que o mundo nunca vai estar bom o suficiente para receber o bem mais precioso da minha vida.
Sentindo você flutuar dentro de mim, fico imaginando a cumplicidade que quero ter com você, aqueles doces momentos só nossos, que o seu inconsciente vai guardar com carinho, para uma futura análise freudiana. Não fique pensando que por pensar assim serei uma mãe chata e grudenta. As pessoas já se surpreendem com a maneira como eu te trato, sem frescura e sem um cuidado excessivo. Te quero forte meu Amor, mas sem pretensões exageradas. Vou deixar que a Vida se encarregue de você. Darei as coordenadas essenciais, te repassarei os valores e os princípios que recebi e pronto. De resto é aprender a lidar com as suas individualidades e com a sua personalidade.
Apesar de hoje entender que a relação da mãe com o filho possui um limiar muito delicado quando o assunto é cuidado versus compreensão, espero poder conseguir lidar bem com essa questão. Almejo saber cuidar de você com um olhar no mais tradicional estilo materno (incluindo todas as chatices que ser mãe exige), mas ao mesmo tempo compreender que a vida é sua e, portanto, deve ser vivida tão somente por você, com todos os tropeços inseridos nesse pacote.
Ah João Pedro, tantos aprendizados, erros e acertos ainda nos esperam ao longo dos próximos anos. Hoje tudo ainda parece flores e exala um perfume gostoso, desses de propaganda de margarina. Mas mamãe está ciente de que a vida é real, palpável e muitas vezes lembra o gosto ácido de um limão.
Continuo te esperando ao seu tempo. Venha quando a graça de ficar aí dentro não existir mais e quando o seu corpinho estiver pronto para perambular por esse mundão aqui fora.
Logo te escrevo denovo.
Beijos da mamãe.”
Aqui pensando comigo mesma, sob o cuidado atento do silêncio que de tão silêncio possui até um ruído, chego a conclusão de que existe sim dentro de mim uma leve ansiedade em te conhecer. Digo isso porque há algum tempo venho contrariando o que as pessoas me dizem sobre querer ver logo a sua carinha. Afirmava que ainda precisava do tempo que falta para organizar o mundo para te receber. Mas não, como uma mãe exigente, hoje vejo que o mundo nunca vai estar bom o suficiente para receber o bem mais precioso da minha vida.
Sentindo você flutuar dentro de mim, fico imaginando a cumplicidade que quero ter com você, aqueles doces momentos só nossos, que o seu inconsciente vai guardar com carinho, para uma futura análise freudiana. Não fique pensando que por pensar assim serei uma mãe chata e grudenta. As pessoas já se surpreendem com a maneira como eu te trato, sem frescura e sem um cuidado excessivo. Te quero forte meu Amor, mas sem pretensões exageradas. Vou deixar que a Vida se encarregue de você. Darei as coordenadas essenciais, te repassarei os valores e os princípios que recebi e pronto. De resto é aprender a lidar com as suas individualidades e com a sua personalidade.
Apesar de hoje entender que a relação da mãe com o filho possui um limiar muito delicado quando o assunto é cuidado versus compreensão, espero poder conseguir lidar bem com essa questão. Almejo saber cuidar de você com um olhar no mais tradicional estilo materno (incluindo todas as chatices que ser mãe exige), mas ao mesmo tempo compreender que a vida é sua e, portanto, deve ser vivida tão somente por você, com todos os tropeços inseridos nesse pacote.
Ah João Pedro, tantos aprendizados, erros e acertos ainda nos esperam ao longo dos próximos anos. Hoje tudo ainda parece flores e exala um perfume gostoso, desses de propaganda de margarina. Mas mamãe está ciente de que a vida é real, palpável e muitas vezes lembra o gosto ácido de um limão.
Continuo te esperando ao seu tempo. Venha quando a graça de ficar aí dentro não existir mais e quando o seu corpinho estiver pronto para perambular por esse mundão aqui fora.
Logo te escrevo denovo.
Beijos da mamãe.”
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