Primeiro quero dar uma dica primordial para todas as mulheres que lêem esse blog: NUNCA, EU DIGO NUNCA MESMO, ENGRAVIDEM EM JULHO COMO EU! SE VOCÊS PUDEREM ESCOLHER, ENGRAVIDEM EM DEZEMBRO OU JANEIRO, PRA QUANDO VOCÊS ESTIVEREM DE SETE/OITO/NOVE MESES NÃO ESTEJA ESSE CALOR DO CARALHO!!!!!!!!!!!!!! DESCULPEM O PALAVRÃO, MAS ALGUÉM TEM ALGUMA NOÇÃO DO QUE EU ESTOU PASSANDO????? ALGUMAAAAA????
Deixa eu desligar o caps lock e falar num tom mais amável. Gente, desde ontem eu sou um ser desprezível. A única coisa que visto é um macacãozinho preto e uma havaiana. Assim ontem eu fui buscar o Marco no centro, fui no Chopp do Gus com as amigas, hoje fui no salão e vim trabalhar. O meu pé parece um panetone esparramado no chinelo que está definitivamente pequeno para o meu pé!!!!! Eu não seco mais o cabelo no secador e nem passo maquiagem. Eu só existo em ambientes climatizados e quando estou na rua pra sair do carro e entrar em algum lugar, não falo com ninguém e nem encosto em qualquer coisa ao meu redor que emane calor.
É a treva!
Mas deixa eu contar uma coisa boa então. Para as que foram ontem à noite, muito obrigada. Mesmo vocês nem sabendo o real motivo da comemoração, marcaram presença e foram muito parceiras!!!! Quando a Júlia mandar as fotos eu coloco aqui.
Ando pensando muito em escrever sobre a minha vida. Não só porque gosto de escrever (o que foi comprovado ontem com o relato da Monique sobre ter achado uma carta que escrevi pra ela há anos durante uma aula chata de espanhol, só porque eu não tinha mais nada pra fazer) mas também por todas as mudanças que me aconteceram e as lições que acabei tirando delas. Muitas vezes me pego refletindo sobre tudo e tentando fazer com que a minha ficha caia de uma vez, mas daí vem mais uma novidade e me deixa perplexa novamente. Ainda ontem comentei com a Carlinha sobre eu não estar curtindo tanto a minha gravidez como achei que um dia fosse curtir. Isso se deve ao fato de ela ter acarretado tantas outras mudanças grandiosas e repentinas. De um dia para o outro tive que amadurecer, assumir um outro papel e tentar ver todas essas transformações de um jeito mais racional, já que sempre fui 100% emoção. Assim, por ter que ter sido mais forte e fria, acabei não me deixando amolecer pelo fato de estar grávida. Curti sim minha gravidez, escrevi, emocionei-me, bati fotos, conversei muito com o meu filho, mas não fiz desse meu estado tudo de mais maravilhoso na minha vida. Botei meus pés no chão e é assim que quero que o João Pedro cresça. A única coisa que quero dar pra ele incondicionalmente é Amor, o que envolve limites e um tanto de realismo. Ainda ontem montando o kit berço falei que não queria nada que lembrasse a vida de um pequeno príncipe, porque não é assim que eu vou criá-lo. Pára tudo que não quero fugir da minha linha de raciocínio.
Quero escrever sobre a minha vida para que garotas/mulheres como eu se sintam acolhidas e não tão solitárias quando passarem por situações parecidas com a minha. Porque muitas vezes sofri sozinha por não querer chatear ninguém ou me expor com as minhas fraquezas e dúvidas recorrentes.
Eu, Juliana Baron Pinheiro, nunca vivi num mundo de princesa e sou muito grata quanto a isso. Nunca me faltou nada graças a Deus, mas por ter tido um pai que veio da pobreza, sempre fui ensinada a valorizar o que me era dado. Sinto muito orgulho da minha vida e dos ensinamentos dos meus pais. Adoro contar a história deles, as dificuldades e ver o tanto que ambos conquistaram ao longo de suas vidas. Todo mundo que convive comigo conhece bem a minha família e principalmente o meu pai. Sempre somos elogiados pela nossa simplicidade e humildade apesar de todas as conquistas. O meu pai é uma figura da qual ainda ei de escrever uma biografia. Com todos os seus trejeitos e suas contradições. Menino pobre que se tornou um grande empresário pelo seu próprio esforço. Nunca ganhou nada de mão beijada pois era filho de auxiliar de pedreiro com uma dona de casa. Foi ter banheiro dentro de casa só com 13 anos. E por aí vai. As pessoas se surpreendem com ele. Lembro de uma reunião com as gerências de todas as suas empresas em que ele apostou com todo mundo na sala que o seu sapato era o mais barato de todos. Tirou-os dos pés e contou que tinha comprado em São Paulo por 30,00. Ali naquela sala ninguém tinha nem 1/10 de tudo o que o meu pai tem, mas todos tinham sapatos 3x mais caros que os dele. Assim é o seu Gilson, que podia usar Armani mas não larga suas camisetas de propaganda por nada nesse mundo, que tem um cartão de crédito daquele mais top mas escolhe a comida mais barata do cardápio, que podia tomar os vinhos mais caros mas se especializou nos vinhos na faixa de 30,00, que podia ter um carro de última geração mas nem dá bola em andar com um Celta da construtura, que tem um lap top novinho mas não quer aprender a usar e tem uma secretária pra ler os seus emails. Isso não quer dizer que meu pai seja uma pessoa atrasada ou daquelas casquinhas insuportáveis. Pra saúde ele não economiza, nunca me deixou faltar nada, estuda Astrologia e Psiquiatria, lê todos os jornais e revistas sobre negócios, estuda livros de piada e emenda uma atrás da outra durante 24hs seguidas...enfim...quem conhece sabe do que eu estou falando. Lógico que quando ele está brabo sai de baixo, mas ele é a pessoa mais generosa e o homem mais especial que eu conheci no mundo. Pai to com saudades, ultimamente só marcando reunião pra falar contigo, coisa que ando tentando fazer há uma semana e não consigo!!!!!!! Mas hoje acho que vamos almoçar juntos!!!!!! EEEE!!!
Gente, esse post era pra eu escrever sobre outra coisa...hahahah...então lá vai:
Eu sempre fui romântica e todo mundo sabe disso. Tenho uma coleção imensa de filmes em que em todos os títulos existe a palavra AMOR. Sempre sonhei em achar um namorado, noivar, casar, ter filhos e ser feliz para sempre. Nada podia sair desse plano. Isso é o chamado "enfileirar de patos", que fala o filme "De repente Amor". Só que eu descobri que nem sempre as coisas saem como a gente planeja e que isso não necessariamente seja algo ruim. Então ano passado eu me formei, fui pra São Paulo fazer pós e tinha um namorado com quem eu planejava um dia me casar. Conversávamos abertamente sobre isso, mas íamos deixando a vida correr (acho que vocês estão cansados dessa história já). Abre parênteses, eu nunca tinha namorado mais de três meses, fecha parênteses. E esse namoro parecia que tinha futuro. Quando vim de férias de São Paulo engravidei. Ops, algo começava a sair da "ordem natural das coisas" (amo essa música) da qual somos tanto cobrados pela sociedade. Daí fomos morar junto e assinamos uma escritura púlica de união estável, o que perante a lei, fazia com que nós dois tivéssemos status de casados. Ops, mais uma escapulida da tal ordem natural das coisas. Eu tinha encontrado meu namorado, tínhamos um filho e praticamente era casada, já que era assim que nos tratávamos e nos apresentávamos aos outros (isso criava uma confusão na minha mente quando tinha que preencher meu estado civil, devo ter dito todos os tipos de estado nesse meio tempo, no Angeloni sou casada, na Videoteca solteira e assim vai). Conversávamos sobre casar daqui a uns dois anos, que seria mesmo a época do nosso casamento se nada disso tivesse acontecido, mas tudo era só conversa. Daí começamos a falar sobre noivar, isso no final do ano passado. Eu disse pro Marco que mesmo tendo levado um tapa de realidade da vida, eu ainda tinha esse sonho do tal pedido de casamento. Daí ele começou a me sondar, pedir tamanho de dedo, como eu queria o anel, se tinha que pedir primeiro pra mim ou pro meu pai, essas coisas de homem que tem que perguntar tudo pra mulher, que no caso sou eu. E eu fui criando uma expectativa. Lá em dezembro (fui saber disso essa semana) o Marco encomendou as alianças e pensou em me dar dia 2 de janeiro quando faríamos um ano de namoro, mas elas não ficaram prontas. E o tempo foi passando (ainda não sei como ele conseguiu esperar esse tempo e na verdade nem quero pensar muito nisso, abafa) e ele foi tentando encontrar um momento pra fazer o tal pedido. Como a gente já tem mil datas comemorativas (14 de agosto saímos a primeira vez, 17 de agosto ficamos a primeira vez, 02 de janeiro começamos a namorar, 05 de julho eu fiquei grávida) o dito decidiu esperar uma dessas datas pra que coincidisse dois momentos do nosso relacionamento. E isso ocorreu nesse último dia 02 de fevereiro quando íamos fazer um ano e um mês.
No começo de janeiro comentei com o Marco que eu achava legal nós usarmos aliança nas fotos da barriga, já que elas serão eternas e tal. Só que aliança custa um dinheiro, coisa que nós estamos economizando por conta dos gastos com o bebê. E eu realmente já me sentia casada, não via a real necessidade de usar agora (mas lá no fundo do fundo, eu tinha a idéia desse romantismo). Enfim, o Marco me disse que pegou duas alianças emprestadas na joalheria do padrinho dele e as levou no dia das fotos. Confesso que foi estranho usar uma aliança e depois tirar do dedo. Eu sei que eu que comecei com essa história mas depois que tive que tirar me arrependi, porque aquilo mexeu comigo. E como uma romântica que sou, achei que ele ia aproveitar aquele momento pra me dar as alianças em definitivo, coisa que não aconteceu.
Ele disse que perguntou pra minha irmã no dia das fotos e ela disse que seria mais legal ele fazer um jantar e não me dar as alianças naquele dia. Então ele esperou. Disse que nunca conseguia chegar em casa antes de mim. Daí na terça feira eu fui no shopping com a Mônica e de lá liguei pra ele pra combinarmos de chegarmos em casa mais ou menos no mesmo horário pra irmos no sushi comemorar o um ano e um mês. Quando cheguei em casa dei de cara com duas taças de champanhe vazias em cima do balcão da cozinha e estranhei. Logo o Marco veio do corredor e disse pra gente brindar aquela data. Eu bem cansada, suada e triste por ter doado a Zara, disse pra gente brindar depois do sushi porque além de eu não gostar de champanhe, ela ia me dar sono (isso já era 21:00 e eu tinha ficado o dia todo batendo perna). Mas o Marco me convenceu de tomar um banho pra parar de chorar por causa do cachorro, trocar de roupa, brindarmos o aniversário de “namoro”e depois sairmos pra jantar. Gente, eu juro que até aquele momento nada se passava na minha cabeça. E olha que eu já disse aqui que é muito difícil eu ser surpreendida, porque sou muito ligada nas coisas, crio expectativas sobre tudo na minha vida. Então lá fui eu tomar banho. Quando entrei no box, vi que não tinha sabonete, então gritei pro Marco trazer. Estranhei que ele demorou e que quando saiu, fechou a porta do banheiro, do quarto e do corredor. Nessa hora até passou pela minha cabeça alguma coisa, mas logo desfiz o pensamento porque há muito tempo eu vinha criando uma expectativa que não era realizada. Daí saí do banho e fui me arrumar. Foi quando eu escutei uma música vinda da sala. Mais uma vez pensei que pudesse ser algo do gênero mas me imaginei abrindo a porta e dando de cara com o Marco vendo televisão. Não, era melhor eu nem pensar mais nisso. Terminei de me arrumar e então fui pra sala encontrar ele. Quando abri a porta me deparei com um cenário incomum lá em casa: velas acesas, música romântica na vitrola e duas taças com champanhe. Hmmmm. Nessa hora eu juro que esqueci a ideia do pedido de casamento e fiquei feliz pela comemoração do nosso aniversário. Até esqueci a história das alianças e nem cogitei que fosse acontecer algo demais. O Marco não é uma pessoa que exala romantismo, pelo menos comigo, não sei como ele foi nos outros relacionamentos. Ele sempre me traz flores, fala que me ama, mas para por aí. Sei que ele me demonstra amor de outras formas e pra mim é isso que importa. Não vai ser uma jóia ou um presente caro que vai me confirmar o amor dele. Vejo que ele me ama quando busca TUDO que eu peço pra ele buscar, quando ele faz massagem no meu pé/panetone, quando faz comida pra mim, quando insiste em dormir de conchinha (coisa que me agonia), quando se mostra uma pessoa extremamente querida com os meus amigos e familiares, quando quer me levar na maternidade por qualquer dorzinha que eu sinto, quando (e isso acontece muito) ele faz o papel de meu amigo e escuta todas as minhas lamentações, quando eu vejo os olhos dele brilharem falando do nosso futuro juntos e com o nosso filho. É nisso que eu vejo o tamanho do amor dele por mim. Então foi por isso que fiquei feliz quando vi o clima que ele tinha montado. Porque além de ele demonstrar das formas que eu falei agora, ele também tinha se preocupado em ser o que ele não é normalmente. Ele me entregou uma taça e fomos brindar. Agora começa a parte engraçada. Quando eu peguei a taça escutei um barulho de vidro se batendo. Levantei-a e comentei que achava que ela estava quebrada (agora pensando aqui não sei como já não percebi o que estava acontecendo), mas como não achei nada fui dar um gole do champanhe. Foi aí que eu vi a aliança dentro. Fiquei muito sem graça e só consegui soltar um “Idiota”...hahahaha. Minhas amigas deram risada de mim ontem quando contei isso. Como diz a Monique: “O menino se esmera todo em fazer um clima e tudo o que tu consegue fazer é chamar ele de idiota?”. Gente eu fiquei com vergonha...hahahahaha. Aí terminei de beber e peguei o anel dentro. Nessa hora eu abracei ele e vi que ele também tava com vergonha...hahaha. A gente parecia duas crianças sabe? Isso que foi legal. Daí eu disse que ele tinha que ajoelhar e perguntar se eu queria mesmo, mas ele disse que não ia se ajoelhar e eu ouvi a seguinte pergunta: “Aceita Biguinha?”...hahahaha..e assim eu fui pedida oficialmente em casamento. Não lembro o que eu respondi, só lembro de ter rido. Ele pegou a aliança que estava na minha mão e colocou no meu dedo. Depois tirou do bolso a caixinha e me deu a dele. Quando eu fui colocar no dedo dele, ele ficou balançando a mão e falando “Ai ai ai”...hahaha..quando ele parou a mão eu coloquei a aliança no dedo e brincando (ou não) disse: “Tais fudido”....hahaha. Pronto. Assim fui rebaixada de esposa pra noiva. Hoje o meu estado civil está mais confuso do que nunca. Por ter uma união estável eu sou companheira, para os efeitos da lei como escolhemos o regime de bens, sou casada mas como agora sou noiva, sou solteira...AHHHHHHHHHHHHH! Mas como minhas amigas dizem, se as coisas na minha vida não acontecerem assim não tem graça porque eu sempre tenho uma história pra contar.
Depois fomos no sushi e na casa dos meus pais. Ainda não me acostumei com esse anel na minha mão. Tenho mania de chegar em casa e tirar tudo, brinco, pulseira, relógio, anel ou quando tomo banho, lavo a louça, roupa. Mas esse anel não é pra ficar tirando. Fora que todos os anéis que eu tenho entravam só nesse dedo, mas a aliança é grossinha e não permite que eu use outros anéis...hahahha. Nós nunca estamos satisfeitas não??
Gente esse post está muito grande. Entre uma palavra e outra almocei aqui no hotel com meus pais, fiz o faturamento do dia no hotel, fui no banheiro mil vezes, expliquei pras pessoas porque estou de shorts e havaiana em local de trabalho, paguei minha faxineira...ufa.
Só pra dizer que estou muito feliz. Não quero que minha vida pareça um mar de rosas, muito menos o meu relacionamento. Temos todos os problemas que todo casal tem, ciúmes, briguinhas bobas, mas no final do dia quando nossos pés se encostam embaixo do edredon (adoro com ar condicionado) é que estar junto com alguém vale realmente a pena.
Amanhã faço 32 semanas de gestação! A partir de 6 de março ele já pode nascer sem ser considerado prematuro. Mas a data mesmo é 30 de março. Como o quartinho só fica pronto dia 17 de março eu vou bater um papo com ele pra quem sabe ele nascer dia 20, porque a mamãe aqui já não agüenta MAIS!
Era isso...bom final de semana pra todos e desculpa pelo tamanho do texto!
p.s. um pequeno detalhe. Eu nunca tinha namorado mais de 3 meses e quando namorei, casei. E eu nunca tinha usada qualquer tipo de anel de compromisso, então pra mim tudo é novidade e meu dedo era VRIGEM! ;)
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