Sacam aquele dia que a gente reza pra que acabe logo, antes que alguém saia muito machucado dele? Sabem aquele dia em que todo lugar onde seus olhos pairam geram logo um super problema que faz com que sua testa fique franzida e seus ombros parecem pesar uma tonelada? Nesse tipo de dia nós realmente não podemos tomar qualquer tipo de decisão porque as nhacas que passam nas nossas cabeças são frutos de pensamentos ruins e imbecis.
Podem parar de ler esse texto se vocês não gostaram do tom dele...hahaha...porque aqui vai um desabafo de uma canceriana, em época de final de ano, escrito num dia muito quente num domingo de M nublado da porra.
Meu dia já não começou bem desde a madrugada que a ele pertenceu. João chorou muito, gritou de cólica por causa de umas pizzas que andei comendo e acordou bem acordado no meio da madrugada. Depois, já de manhã, fez uma manha absurda que não me deixava nem trocar a sua fralda cagadísisma, o que fez com a minha colcha nova e super cara ficasse com uma mancha de merda bem no meio dela. Ali todo o bom humor que me restava se evaporou. E não adianta, quanto mais nervosa eu ficava, mais irritado eu deixava ele. Essa lógica sucks. Maridex tinha ido despachar uma pirralhada que veio conhecer essa ervilha, da onde vos escrevo e eu sozinha, tive que arrumar a casa e me arrumar com o João chorando pendurado no meu colo. Nesses momentos ser mãe pesa pra burro e todos os momentos bons somem que nem um pum. Minha santa mãe veio nos resgatar e no caminho pra Jurerê, depois de choramingar pra xuxu João finalmente adormeceu na cadeirinha. E o pior é que perdi meus óculos escuros que poderiam esconder as lágrimas que desciam no meu rosto enquanto eu dirigia. A perda dos meus óculos novos também se somam ao meu mau humor. O fato de andar perdendo por aí acessórios importantes que eu ainda nem comecei a pagar andam tirando o meu sono pois são sinal de que algo não vai bem. Ando pensando muito na cobrança que a sociedade nos impõe em levar uma vida perfeita, daquelas que mostram na TV e nas revistas. Sei que sou inteligente o suficiente pra não me deixar levar nessa maré futil e ilusória mas acho que ando tão down que solto o meu peso, sendo levada pelo mar e quando vejo tenho que erguer a cabeça pra não me afogar. Final de ano também sempre mexe comigo pois sempre tive o ideal de recomeço e tal. Sempre quero deixar tudo ajeitado, armários limpos, contas pagas e lingeries novas na gaveta. Só que nem sempre isso é possível e na minha atual situação menos ainda. Minha casa está bem sujá já que a empregada não dá conta de cuidar do João e dos cantos empoeirados ao mesmo tempo e eu não ando lá com muita vontade de mexer nisso tudo. Ás vezes ajeito algo aqui ou acolá mas quando vou pra outro cômodo, o anterior já voltou a estava zero no quesito limpeza. Entendem? E isso me irrita porque sou controladora por natureza e não admito bagunças na minha vida. E como tudo é um efeito bola de neve, essa irritação faz com que eu queira fugir da minha casa e aonde eu geralmente me enfio? No shopping, lugar limpo, bonito, agradável e cheio de propostas e acessórios "importantes" para a tão sonhada vida perfeita das revistas. Porque se eu quiser ter a vida da fulana, que segundo a revista dá conta de tudo na vida dela, é mãe, artista, esposa e ainda faz trabalhos filantrópicos, eu também tenho que usar aquela roupa e aqueles sapatos. Juliana vulnerável vai lá e pimba, em seis vezes compra tudo isso, só que chegando em casa a tal roupa e os sapatos não trazem junto com si a paz de espírito que parecia acompanhar aquela foto da revista. Aí pronto, mais um item que não vai se resolver com a virade de ano, a minha conta no banco. Tenho prestações a serem pagas até sabe se lá Deus quando. Mais um problema causado por outro. Daí eu vejo a minha casa empoeirada, minhas gavetas desorganizadas, lingeries velhas, a jarra de água vazia na geladeira, a tulha de roupa pra passar quase chegando no teto e quero me enfiar num buraco qualquer, da onde eu só vá sair no ano que vem, quando toda essa pressão que eu mesma faço, desapareça.
Nesse momento eu tenho duas opções, ou eu sacudo a poeira, coloco uma música animado, reflita sobre a pobreza na Etiópia ou sobre as mulheres que não conseguem ter filhos e abstraia esses meus mini problemas perto da grandeza dos outros. Ou eu continuo a ver problemas em tudo, desde o fato de eu ter engravidado sem casar ao resto de feijão na geladeira que o maridex jurou que ia comer ontem e que agora eu vou ter que jogar fora, coisa que odeio (porque fico pensando na fome que há no mundo).
Ó céus...difícil ser mulher, difícil ser canceriana e difícil ser uma pessoa tão melancólica.
Mas não há tempo pra pensar porque tenho que buscar o João na minha mãe, que fez o favor de tirar ele das minhas garras essa tarde, e dar comida pra ele, e ficar com ele no colo e dar banho nele, e brincar com ele e depois fazer ele dormir. Mas eu ainda tenho um aniversário hoje de uma amiga muito importante em que se eu não for vou me sentir mal, mas tenho que comprar um presente porque odeio chegar de mãos abanando e o maridex dorme no sofá quando eu pedi pra ele abaixar o berço do JOão amtes que ele salte de lá e pendurar uns quadros que estão fazendo aniversário enconstados no corredor, os quais o João quase puxou e se machucou....
Deu, vou ali me jogar pela janela, ou me enfiar no buraco ou sacudir a poeira....depois conto o final dessa história.
beijos não me culpem por favor, eu sou uma pessoa animada e divertida, amanhã quem sabe....
e não deixem recados me criticando porque eu só preciso de um colo...
e o texto ta cheinho de erros de português mas eu to com muita preguiça de voltar e arrumar tudo então miapedreJapasqualete.
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